Segundo os dados da UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância, os programas para evitar a transmissão do vírus entre mãe e filho nos países com alta prevalência de Sida permitiram que ao nível mundial a infeção de mãe para filho caísse 70% nos últimos 15 anos.

Isso equivale a evitar a infeção de 1,6 milhão de menores. Já a introdução de antirretrovirais no tratamento de milhares de pessoas salvou outros 8,8 milhões de vidas em todo o mundo.

"Mesmo assim, a Sida é a segunda causa de morte para quem têm entre 10 e 19 anos ao nível mundial, e a primeira em África", lembrou o diretor-executivo da UNICEF, Anthony Lake.

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Segundo dados de outras agências da ONU, a primeira causa de morte entre os adolescentes são os acidentes de trânsito, a segunda a Sida e a terceira o suicídio.

No início do século, no entanto, a Sida não estava entre as dez primeiras causas de morte entre os adolescentes. Desde então a infeção pelo vírus triplicou, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo diz a UNICEF em comunicado, "ainda há muito trabalho a ser feito para proteger as crianças e adolescentes da infeção, da doença e da morte".

De acordo com os dados da ONU, no ano passado a cada hora pelo menos 29 adolescentes entre os 15 e 19 anos foram infetados pelo vírus.

Cerca de 65% dos novos infectados são menores do sexo feminino. Só na África Subsaariana, onde se concentra 70% de toda a população mundial seropositiva, três em cada quatro novos adolescentes infetados são mulheres.

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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou na segunda-feira (18.07) à comunidade internacional que atue de forma rápida para acabar com a sida até 2030, melhorando o acesso ao tratamento e reforçando os programas de prevenção.