A posição foi enviada hoje, por escrito, à Lusa, na sequência da acusação feita, na quinta-feira, pelo Sindicato dos Enfermeiros de Portugal (SEP). Para aquela estrutura sindical a gestão da ULSAM é "profundamente questionável" por contratar 11 enfermeiros quando aquela unidade apresenta uma "carência de 150".

Na reação hoje enviada, a administração daquela unidade explicou que o recrutamento excecional "resultou da necessidade imprevista e inadiável de substituição de enfermeiros do quadro, temporariamente ausentes".

De acordo com a ULSAM, aquele recrutamento "foi realizado com recurso aos mecanismos legais, e visou garantir a efetiva proteção do direito à saúde dos utentes, evitando a rutura de serviços, designadamente o serviço de urgência, e procurando ainda diminuir a necessidade de realização de trabalho extraordinário excessivo por parte dos enfermeiros do quadro".

Relativamente ao recrutamento normal, com vista a "manter o quadro de pessoal com o número de profissionais necessários à prestação de saúde", a ULSAM adiantou que o mesmo "implica autorização do Ministério da Saúde, encontrando-se neste momento a decorrer um procedimento para contratar enfermeiros para o quadro da ULSAM", sem especificar quantos profissionais.

A ULSAM inclui o Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, o Hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima e, 13 centros de saúde espalhados pelo Alto Minho.

Em comunicado enviado, na quinta-feira, à Lusa, o SEP explicou que a decisão de contratar 11 enfermeiros "vai obrigar os que lá trabalham a fazer milhares de horas para além do horário de trabalho, sem qualquer pagamento", adiantando que irá denunciar o caso ao ministério da Saúde, e ao presidente da Câmara de Viana do Castelo.