14 de julho de 2014 - 07h55

O Ministério da Saúde da Venezuela confirmou, no sábado, a existência de 15 novos casos de vírus Chikungunya detetados ao longo desta semana, os quais se somam aos 30 casos já identificados.

"Esta semana identificámos 15 novos casos de Chikungunya. Todos são importados, procedentes da República Dominicana", disse ao canal de televisão estatal VTV o ministro da saúde, Francisco Armada.  

Segundo a agência de notícias estatal AVN, até 07 de julho foram confirmados na Venezuela 30 casos de vírus Chikungunya, 28 importados da República Dominicana e Haiti, e dois cuja origem ainda está por verificar.  

A Venezuela confirmou, há um mês, a existência dos seus primeiros casos de Chikungunya procedentes da República Dominicana.   

O nome Chikungunya tem origem na língua Kimakonde, falada no norte de Moçambique e na Tanzânia, e significa "tornar-se contorcido", uma referência à aparência das pessoas que se contorcem devido a dores nas articulações.

Identificada pela primeira vez na Tanzânia, no início de 1952, a enfermidade tem causado surtos periódicos de cerca de uma década na Ásia e no continente africano, desde 1960.  

Entre 2001 e 2011, uma série de países notificaram surtos de Chikungunya, doença que só nos anos 2005-2006 infetou mais de 272 mil pessoas nas ilhas Maurícias e Reunião, onde se presume que se tenha sido detetado o vetor.

Em 2006, um surto da epidemia atingiu a Índia, que assinalou mais de 1,5 milhões de casos.  

No ano seguinte, a migração de pessoas infetadas terá introduzido o vírus numa aldeia costeira da Itália, "o único país europeu que tem tido o surto" transmitido por mosquito, e que registou na altura 197 casos, refere a nota enviada à Lusa.  

Os sintomas de Chikungunya aparecem entre o quarto e o sétimo dias, após o paciente ter sido picado por um mosquito infetado e estes incluem febre alta (até 40 graus centígrados), dor e inchaço nas articulações (especialmente na parte inferior das costas, tornozelo, joelhos, pulsos ou falanges), aparecimento de pequenas pústulas na pele, dor de cabeça, dor muscular, náusea e fadiga.

Por Lusa