Centenas de pessoas protestaram ontem contra a eventual redução de horário do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Vendas Novas, no decorrer de uma vigília realizada ao final da tarde junto Centro de Saúde da cidade.

A vigília contra o encerramento do SAP no período noturno, promovida pelo Movimento de Cidadãos Independentes em Defesa das Urgências em Vendas Novas (MCIVN), contou com a presença de autarcas locais e do deputado João Oliveira, do PCP.

Com o encerramento noturno do SAP, “a população vai ficar desprevenida e sem serviço de urgência no período da noite, mas nós não vamos deixar que isso aconteça, porque não temos uma alternativa criada”, disse, à Agência Lusa, à margem da vigília a porta-voz do MCIVN, Anabela Vagarinho.

A responsável indicou que a eventual redução de horário do SAP deve-se, alegadamente, a uma dívida do Ministério da Saúde à empresa que assegura a colocação de médicos nos SAP, incluindo o de Vendas Novas, o que impossibilita a colocação de clínicos naquele serviço entre as 20:00 horas e as 08:00 horas.

“Na escala de serviço para esta semana não está prevista a presença do médico no turno da noite”, acrescentou Anabela Vagarinho.

No entanto, os autarcas locais foram informados que o SAP de Vendas Novas iria funcionar durante a noite de ontem.

Devido à alegada redução de horário do SAP, o município de Vendas Novas, liderado por José Figueira (CDU), já pediu, com caráter de urgência, uma audiência ao ministro da Saúde, Paulo Macedo.

O autarca considerou que se trata de “uma má notícia para Vendas Novas” e prometeu que “as populações e a própria autarquia não vão baixar os braços e, como no passado, vão lutar em defesa de serviços públicos de saúde a funcionar durante 24 horas”.

A Agência Lusa contactou a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, mas não obteve, até ao momento, qualquer explicação.

06 de setembro de 2011

Fonte: Lusa