Segundo estes dados, divulgados a propósito do Dia Mundial Sem Tabaco, que se assinala no domingo, em 2012 foram vendidas 216.107 unidades de produtos antitabágicos, mas dois anos depois (2014) já só foram vendidas 149.810 unidades, menos 66.297.

Esta queda vem inverter a subida verificada no ano anterior (entre 2011 e 2012), quando a venda de produtos para deixar de fumar disparou de cerca de 153 mil para as 216 mil unidades.

No entanto, o estudo revela que entre 2008 e 2011, a venda destes produtos conheceu uma diminuição constante, tendo caído quase para metade.

Segundo a IMS Health, em 2008, ano em que entrou em vigor a lei do tabaco, houve um pico de vendas (227.393 mil unidades de produtos antitabágicos), mas logo a seguir, e até 2011, foram diminuindo até as 153.565 mil unidades.

Ou seja, assistiu-se a uma diminuição de 73.828 unidades de produtos antitabágicos no espaço de três anos.

Em valores financeiros, a quebra de vendas sofrida entre 2008 e 2011 traduziu-se em menos um milhão de euros (de 4.614.465 euros para 3.613.473 euros).

No ano seguinte (2012), a subida das vendas de produtos antitabágicos correspondeu a mais 558.221 euros, num total de 4.171.694 euros.

O estudo permitiu ainda verificar que as pessoas que consomem produtos antitabágicos compram-nos principalmente nas farmácias (85%) e só 15% se dirige às parafarmácias para os comprar.

O Dia Mundial Sem Tabaco ficará marcado pelo lançamento da linha de apoio à cessação tabágica, que não será apenas de aconselhamento e encaminhamento, mas terá uma atitude pró-ativa, fazendo ela própria chamadas de acompanhamento da evolução e dependência tabágica do utente até o levar a deixar de fumar.

Uma das possibilidades em estudo pelo Ministério da Saúde é a da comparticipação destes medicamentos no âmbito das consultas de apoio à cessação tabágica na Linha saúde 24, como forma de incentivo e de compensação, a todos os fumadores que se mantenham a ser seguidos neste serviço.