Apesar de o surto ter sido tornado público, em comunicado, há uma semana, o primeiro caso surgiu em outubro do ano passado e os restantes depois dessa data, informou a ARSLVT em resposta a questões colocadas pela agência Lusa.

Duas das crianças frequentam o jardim-de-infância e quatro o ensino básico, mas pertencem a turmas e salas diferentes. Três delas são do mesmo agregado familiar, indicou a ARSLVT.

Já esta semana, surgiram suspeitas em mais três crianças, que aguardam confirmação do diagnóstico.

Segundo a ARSLVT, desde que a suspeita da doença foi levantada, as crianças permaneceram em casa e, mal a doença foi diagnosticada, iniciaram tratamento.

"Os Serviços de Saúde estão a fazer a devida monitorização da situação, não havendo razões para alarme", esclareceu a ARSLVT, adiantando que foram tomadas as medidas adequadas, entre as quais o tratamento e o afastamento das crianças infetadas das atividades escolares.

As crianças diagnosticadas não voltam à escola até serem tratadas. Em relação aos primeiros casos, a ARSLVT informou que os alunos já efetuaram o tratamento e já não têm sintomas da doença, sem contudo esclarecer se já voltaram à escola.

Os pais e encarregados de educação dos 530 alunos que frequentam o centro escolar foram convocados para uma reunião na sexta-feira com representantes da escola, da Saúde Pública e da câmara municipal.

Contactado pela Lusa, o vereador da Educação da Câmara de Alenquer, Rui Costa, disse que o município tem conhecimento do surto desde que surgiram os primeiros casos, mas só há uma semana a comunidade escolar tomou conhecimento do problema, através de um comunicado afixado na escola pelos serviços de Saúde Pública.

Numa reportagem da SIC divulgada na segunda-feira, o diretor do agrupamento disse que a escola seguiu as orientações dadas pela delegação de Saúde Pública.

A sarna ou escabiose, como é apelidada pelos médicos, é uma infeção na pele provocada por um ácaro, afeta apenas os seres humanos, manifesta-se por comichão em zonas específicas do corpo, e tem efeito contagiante, sendo transmitida pelo contacto sexual ou pelo simples contacto da pele com roupa usadas por quem está infetado.

Os surtos epidémicos ocorrem sobretudo no inverno e estão associados a condições de vida, hábitos higiénicos, migrações ou aglomerados habitacionais. Os sintomas podem surgir até seis semanas após o contacto com uma pessoa infetada ou respetivos bens pessoais.

Para erradicar o surto, são prescritas loções para tratar os infetados. Os infetados devem evitar o contacto com outras pessoas e é recomendada a lavagem, a altas temperaturas, de roupas que tenham estado em contacto com infetados.