A notícia é avançada pela edição impressa desta quinta-feira (01/09) do jornal Público.

As vagas para os recém-licenciados em medicina que vão entrar em 2017 no internato do ano comum duplicaram nos últimos oito anos, passando de 1085, em 2008, para 2414, no concurso deste ano, segundo o Diário da República de quarta-feira (31/08).

É o maior número de sempre de vagas disponibilizado no concurso de ingresso no ano comum e preocupa a Ordem dos Médicos (OM).

Segundo o bastonário, alguns dos jovens licenciados ficarão sem vaga para fazer a formação específica (especialidade médica), acabando por ficar a trabalhar como médicos indiferenciados, escreve o jornal Público. Em causa está também a qualidade da formação médica, garante a Ordem dos Médicos.

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"As instituições estão saturadas de internos. Já há hospitais que têm um interno por cada especialista. A formação é deficiente, eles não têm colegas mais velhos para os orientar", criticou ao referido jornal o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva.

Depois de completarem o ano comum, os jovens médicos seguem para a formação específica que demora entre quatro a seis anos para concluir. O bastonário da OM defende que a medicina sem especialidade não tem futuro.

A maior parte das vagas para o internato do ano comum este ano são em hospitais da região Norte (862) e de Lisboa e Vale do Tejo (822). O Centro receberá 426, o Alentejo 103 e o Algarve 100. Os Açores contam com 66 vagas e a Madeira com 35.