28 de janeiro de 2014 - 16h09
Todos os grupos de imigrantes, refugiados ou asilados que cheguem a Portugal de países de risco em relação à poliomielite devem ser imediatamente vacinados com uma dose suplementar da vacina contra a doença, segundo a Direção-Geral da Saúde.
De acordo com uma norma hoje publicada no site da DGS, os viajantes provenientes de países de risco “devem ser imediatamente vacinados com uma dose suplementar de vacina inativada contra a poliomielite”, se não tiverem prova de terem levado a vacina nas seis semanas antes da viagem.
Também devem ser vacinados contra o sarampo segundo as recomendações do Programa Nacional de Vacinação ou de acordo com outros esquemas, que serão decididos em função do risco.
Na norma hoje publicada, a DGS lembra que ocorreu recentemente, em finais do ano passado, um surto de poliomielite na Síria, país com graves problemas sociais devido à guerra civil e com consequente descida das coberturas vacinas nos últimos dois anos.
No final do ano passado, as autoridades portuguesas afirmavam estar atentas ao risco de novos casos de poliomielite na sequência do surto na Síria, tendo garantido que os refugiados sírios acolhidos em Portugal foram vacinados segundo o programa nacional, que inclui a vacina contra a doença.
De acordo com a norma da DGS, há ainda evidência de transmissão do vírus selvagem da poliomielite em Israel e na Palestina, embora sem casos da doença, enquanto Afeganistão, Nigéria e Paquistão estão identificados como países com poliomielite endémica.
A poliomielite é uma doença do sistema nervoso, causada por um vírus, que pode provocar paralisia permanente e levar até à morte, caso afete os músculos envolvidos no sistema respiratório.
A transmissão do vírus está associada a más condições de higiene.
As autoridades consideram que a poliomielite, à semelhança do que ocorreu com a varíola em 1980, é uma doença passível de ser erradicada e tem vindo a ser progressivamente eliminada em vastas regiões do mundo.
Lusa