As temperaturas médias subiriam 9,5°C - cinco vezes o limite máximo do aquecimento global estabelecido na Conferência sobre o Clima da ONU, realizada em Paris em dezembro (COP 21), de acordo com um artigo publicado na revista Nature Climate Change.

Os modelos anteriores previam que o esgotamento das reservas de combustíveis fósseis aquecesse o planeta em 4,3ºC a 8,4ºC. O novo estudo revê esse valor nos 6,4ºC a 9,5ºC.

Na região do Ártico, que já aqueceu mais do dobro da média mundial, o termómetro subiria entre 15ºC a 20ºC.

De acordo com o estudo, a utilização de todas as reservas conhecidas de petróleo, gás e carvão iria libertar cerca de cinco trilhões de toneladas de carbono na atmosfera, principalmente na forma de dióxido de carbono.

Esse volume - cerca de dez vezes as 540 mil milhões de toneladas de carbono emitidas desde a Revolução Industrial - pode ser atingido perto do final do século XXII, se o ritmo de utilização de combustíveis fósseis se mantiver.

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A maioria das projeções do Painel de Ciência do Clima das Nações Unidas para as emissões de gases com efeito de estufa não prevê emissões superiores a dois trilhões de toneladas de carbono.