"Vamos lançar um abaixo-assinado para dar a possibilidade a dezenas de milhares de cidadãos do Médio Tejo de reafirmarem a exigência de uma nova organização dos serviços de saúde, e que deverá passar pela valorização dos cuidados de saúde primários, em centros e extensões de saúde, e pela sua articulação com os cuidados hospitalares prestados pelos hospitais do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT)", disse à Lusa um porta-voz da CUSSP.

Segundo defendeu Manuel José Soares, os três hospitais do CHMT - Abrantes, Tomar e Torres Novas -, a cerca de 150 quilómetros de Lisboa, "devem ter serviços de urgência, medicina interna, cirurgia e pediatria, para além de desenvolverem as outras valências".

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 250 mil habitantes do Médio Tejo, distrito de Santarém.

Em conferência de imprensa realizada nas três cidades com hospitais, no mesmo dia e à mesma hora, a CUSSP apresentou os resultados de um ciclo de reuniões realizadas com diversas estruturas no distrito de Santarém, para "elencar prioridades de ação para 2015".

Das decisões anunciadas, a CUSSP disse que vai pedir, com caráter de urgência, reuniões à Comunidade Intermunicipal de Médio Tejo e às autarquias, com o objetivo de "envolver os autarcas na defesa de cuidados de saúde que respondam às necessidades das populações".