A ação de protesto, convocada pela comissão de utentes de saúde de Santa Iria da Azóia, vai decorrer junto às atuais instalações do centro de saúde, um prédio de habitação de três andares sem elevador.

Em declarações à agência Lusa, Carlos Machado, da comissão, referiu hoje que “a luta por um novo centro de saúde já é muito antiga” e que a população da freguesia “está cansada de promessas dos sucessivos Governos”.

“O ministério [Saúde] já reconheceu que um centro de saúde para Santa Iria é uma prioridade, mas nunca passou esse compromisso para o papel. São apenas palavras”, criticou.

Carlos Machado explicou que, mais do que problemas no funcionamento dos serviços, as dificuldades de acesso à unidade de saúde são o que mais preocupam os cerca de 18.000 utentes.

“Estamos a falar de um terceiro andar, sem elevador. Existem milhares de pessoas com problemas de locomoção que tem dificuldade para subir”, apontou.

Na terça-feira, em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares (CDU), disse que Autoridade Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) já tinha demonstrado disponibilidade para assinar com a autarquia um protocolo para a construção de um novo centro de saúde em Santa Iria da Azóia.

O autarca referiu que o município já tinha disponibilizado um terreno e que aceita ser o condutor da obra, para “facilitar o processo”.

Contudo, Bernardino Soares ressalvou que os termos, valores e prazos do protocolo de construção do equipamento de saúde ainda não ficaram definidos.

Numa resposta escrita enviada à Lusa, fonte da ARSLVT disse apenas que reconhece “a importância e a necessidade da construção de uma nova unidade de saúde” e que neste momento “decorrem conversações entre a ARSLVT e a Câmara de Loures no sentido de dar seguimento à elaboração de um protocolo de colaboração.