O projeto, "inovador em Portugal na área da telemedicina", segundo divulgou hoje a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), "visa a "descentralização para as unidades de cuidados de saúde primários da dispensa direta ao doente de medicamentos que são exclusivos da farmácia hospitalar".

A iniciativa pretende aproximar os cuidados de saúde dos utentes para que tenham acesso à sua medicação, sem o incómodo e despesa de ter de se deslocar ao Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém, em percursos que, por vezes, são "superiores a 150 quilómetros", refere uma nota à imprensa da ULSLA.

Com a "telefarmácia", a ULSLA espera também conseguir um "acompanhamento mais eficaz da utilização do medicamento, assegurando elevados padrões de qualidade e segurança no circuito do medicamento".

Em simultâneo, o projeto procura melhorar a integração de cuidados, contribuindo para que "a equipa de família conheça, em tempo real, o que se passa com o utente e possa relacionar-se com o serviço de farmácia, permitindo, por exemplo, a rápida intervenção em situações de não adesão terapêutica" ou "ocorrências por efeitos adversos".

Com este novo serviço, aberto este mês, os medicamentos da farmácia hospitalar são enviados para o centro de saúde de referência do utente, sendo depois feita uma "teleconsulta" no momento em que é entregue a medicação ao doente.

A "teleconsulta" é feita remotamente por um profissional de saúde da área hospitalar, com a presença de um enfermeiro do centro de saúde, que acompanha o doente, que pode, assim, "comodamente" e mais "perto da sua casa receber a medicação e colocar todas as dúvidas".

O projeto "telefarmácia" começou este mês na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Alcácer do Sal, envolvendo três doentes inscritos na unidade.

A ULSLA, com sede no HLA, em Santiago do Cacém, integra os cinco centros de saúde dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines, no distrito de Setúbal, e Odemira, no distrito de Beja, e respetivas extensões, dando resposta a uma população de cerca de cem mil habitantes.

Estas são as doenças mais estigmatizadas do mundo