6 de fevereiro de 2013 – 15h45
A utilização de lentes de contacto para a correção de erros refrativos  é cada vez mais frequente, mas a sua aplicação incorreta pode provocar infeções e outro tipo de lesões oculares graves, alerta a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).
A utilização de lentes de contacto para a correção de erros refrativos (miopia, hipermetropia e astigmatismo) é cada vez mais frequente, quer por motivos estéticos, quer pelo facto de poderem ser usadas em situações em que os óculos se tornam incómodos, como na prática desportiva ou até no trabalho. 
Num comunicado tornado público esta quarta-feira, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) recomenda o cumprimento sistemático dos cuidados de higiene aconselhados na manipulação e manutenção das mesmas, de forma a evitar problemas de saúde.
A SPO recomenda evitar dormir com as lentes de contacto colocadas, exposições ambientais agressivas e, caso surjam fenómenos de olho vermelho com desconforto associado, a sua imediata remoção.
“Uma utilização desadequada das lentes de contacto pode originar graves alterações nos olhos como lesões ou deformações da córnea, infeções que podem comprometer a acuidade visual, alergia ou inflamação, alterações na pálpebra, bem como o desencadeamento e agravamento dos sintomas de olho seco”, refere Pedro Rodrigues, coordenador do Grupo Português de Contactologia e Superfície Ocular da SPO, citado pelo comunicado.
O especialista relembra que as lentes de contacto podem ser usadas para os mesmos erros refrativos que os óculos, ou seja, na miopia, hipermetropia e astigmatismo, mas que, no entanto, são desaconselhadas em alguns casos de astigmatismo, dependendo do erro refrativo de cada paciente.
Relativamente às lentes coloridas, Pedro Rodrigues afirma que “não são as mais recomendáveis, já que de um modo geral elas apresentam uma transmissão de oxigénio muito baixa o que poderá aumentar a frequência e a gravidade dos problemas oculares. 
 “Todo o utilizador de lentes de contacto deverá ter sempre um par de óculos que permita fazer períodos de descanso. É recomendável que a utilização das lentes de contacto não seja superior a oito a dez horas diárias”, acrescenta Paulo Torres, presidente da SPO.
SAPO Saúde