Maria Lopes disse à Lusa que têm chegado às Urgências do Hospital de Santarém muitos idosos e muitas pessoas com problemas respiratórios, situação que obrigou a gerir recursos internamente, não só internando doentes noutros serviços como reforçando o pessoal médico e de enfermagem.

O segundo comandante operacional distrital de Santarém, José Guilherme, disse à Lusa que na segunda-feira estiveram retidas no Hospital de Santarém 17 ambulâncias, algumas mais de sete horas, uma situação que normalizou ao fim do dia.

Maria Lopes admitiu a falta de macas no hospital, sublinhando o esforço feito para encontrar respostas internamente para que as ambulâncias não fiquem retidas, reconhecendo situações “pontuais” de dificuldade de resposta.

A diretora clínica afirmou que a situação ficou “minimamente controlada” na segunda-feira, sendo que os tempos de espera nas Urgências eram hoje de manhã de uma hora e vinte para as pulseiras amarelas e sem espera para as verdes e laranjas.

Segundo José Guilherme, na segunda-feira teve que ser feita uma coordenação com o Centro de Orientação de Doentes Urgentes para encaminhar doentes para outros hospitais da região para evitar que os bombeiros ficassem sem resposta caso ocorresse algum acidente grave.

Mesmo assim, para um acidente ocorrido na autoestrada do Norte foi mobilizada a corporação de bombeiros de Alcoentre, disse.

José Guilherme lamentou que os hospitais não tenham uma “reserva estratégica” para situações de pico de afluência, evitando que a população ande “na roda da sorte”.