As UCC são unidades funcionais dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), que integram as equipas de Cuidados Continuados Integrados, cuja resposta faz parte da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

Este estudo visou identificar os resultados de desempenho das UCC, “sendo evidente a carência de enfermeiros e de enfermeiros especialistas, o que condiciona a sua capacidade de resposta”, lê-se no documento, a que a Lusa teve acesso.

Foram envolvidas 95 UCC – mais seis que no ano anterior - com uma área de abrangência de 4,4 milhões de habitantes, das quais 36 reportaram dados (29,5 por cento).

Nestas 36 UCC trabalham 246 enfermeiros, que realizam 8.041 horas/semanais.

“Se os enfermeiros estivessem a tempo integral, corresponderiam a 200,85 (201), uma diferença que reflete um elevado número de enfermeiros a tempo parcial, o que compromete a gestão dos recursos humanos, a sua otimização bem como o vínculo às equipas/unidade”, lê-se no documento.

Os autores indicam que, “para cumprir o regulamento da Ordem dos Enfermeiros sobre as dotações seguras para as UCC, e uma vez que a população abrangida pelas 36 UCC é de 1.313.428, seriam necessários 262,6 (263) enfermeiros a tempo integral (40 horas)”.

Segundo a Secção Regional do Sul da Ordem dos Enfermeiros, registou-se uma taxa de incidência de quedas de 8,5%, a qual “reflete a necessidade de se potenciar a parceria no cuidar, implicando uma intervenção articulada com os recursos da comunidade”.

“A relação existente entre estas variáveis permite reforçar a importância da capacitação do cuidador na prevenção de quedas”, lê-se no relatório do estudo.