Segundo o presidente do Conselho de Administração (CA) da ULS da Guarda, o denominado Sistema de Informação SAMA 2020, que começará a ser instalado ainda este mês, ou o mais tardar em abril, ligará 13 centros de saúde do distrito (exceto Aguiar da Beira) e dois hospitais (Guarda e Seia).

"Isto é uma revolução completa. No ano de 2015 propusemos uma candidatura ao Portugal 2020 de 1,2 milhões de investimento em sistemas de informação. Essa candidatura foi aprovada e estamos em condições de implementar estes sistemas de informação", anunciou esta terça-feira o presidente do CA da ULS, Carlos Rodrigues, em conferência de imprensa.

Segundo o responsável, a aplicação do projeto significará "uma revolução em termos de alteração dos processos, com mais informação e mais dados", indicando que será iniciado pela gestão da farmácia do hospital da Guarda.

"Significa que logo aí [na farmácia] vai haver uma melhor gestão em termos de distribuição de medicamentos", apontou.

Carlos Rodrigues explicou que o novo sistema será aplicado gradualmente aos vários serviços de saúde e hospitalares, envolvendo sempre "pessoas da área da informática e os utilizadores das diversas áreas" abrangidas.

O presidente do CA da ULS da Guarda deu ainda a conhecer que em 2016 a atual direção irá "requerer e reafirmar a condição de hospital de ensino universitário para a Guarda e atrair profissionais, especialmente jovens especialistas médicos e outros, dispostos a participar em investigação e desenvolvimento no âmbito da ULS, e ou em parceria com outras instituições".

Quanto a investimentos, referiu que a atual equipa prevê durante este ano prosseguir com a reinstalação de serviços no antigo pavilhão cinco, onde funcionaram as urgências do hospital da Guarda até à abertura do novo bloco.

Por outro lado, o CA da ULS pretende avançar com o projeto de requalificação do Pavilhão Rainha Dona Amélia, na cerca do hospital, atualmente em estado de ruína, para ali instalar um Centro de Investigação de doenças respiratórias.

O projeto, a candidatar a fundos comunitários, está a ser preparado em parceria com a Universidade da Beira Interior e terá três vertentes: investigação, formação e prestação de serviços.

"A candidatura está em embrião, mas durante o ano de 2016 será uma realidade. Vamos buscar as raízes do bom ar que a Guarda tem. Será um centro a nível nacional único de doenças respiratórias", assegurou Carlos Rodrigues.