O responsável, Carlos Vaz, confirmou hoje que a única unidade de paliativos para internamento de doentes em fase terminal da região “vai manter-se” no hospital de Macedo de Cavaleiros, mas “irá ter menos camas” que serão “à volta de dez”.

A unidade foi criada com capacidade para 20 camas, parte das quais serão agora transferidas para a unidade de convalescença, destinada a doentes com alta hospitalar ainda a precisar de cuidados até 30 dias, e que reabrirá com 15 camas, integradas na Rede Nacional de Cuidados Continuados.

Para o responsável pelos serviços de saúde na região, Carlos Vaz, esta alteração “não quer dizer que mais doentes ou os mesmos números”, pois espera que o alargamento das “visitas domiciliárias, com as equipas para irem a casa, evitem internamentos”.

O administrador justificou que “o paradigma dos cuidados paliativos está a mudar”. “Cada vez se aposta mais nas equipas domiciliárias que dão a mesma qualidade que dão no internamento e, seguramente para os doentes, é muitíssimo melhor estarem em casa confortáveis, no seio da família, do que estarem isolados num hospital”, acrescentou.

Perante um problema população do distrito envelhecida, com e muitos idosos a viverem sós e sem retaguarda familiar, Carlos Vaz acredita que “a estratégia não precisa de ser a de aumentar o número de câmaras de paliativos”. “Penso que há outras camas, nomeadamente de cuidados continuados de curta, média e longa duração que seguramente farão também esse apoio, até porque são serviços integrados”, apontou.

Ressalvou que “só vão para o domicílio os doentes que têm o apoio familiar, [para] os que vivem isolados é impensável”.

A unidade de convalescença de Bragança a ser reaberta foi encerrada há dois anos com o argumento de que os paliativos eram mais necessários na região.

Quantas vezes devo ir ao médico?

O presidente da ULS do Nordeste falava à margem da abertura, em Bragança, das jornadas de investigação da Associação Nacional de Cuidados Paliativos.

O distrito de Bragança foi apontado a nível nacional como o que apresenta a melhor taxa de cobertura de cuidados paliativos, nomeadamente domiciliários.

Um dos médicos responsáveis pelas equipas, Duarte Soares, entende que “apesar de haver um decréscimo de camas, poderá vir a haver aqui alguma flexibilidade e uma melhor utilização das mesmas”.

“Permitirá ter mais rotatividade de doentes naquelas oito, dez camas, ao sair (a unidade de paliativos) da rede de cuidados continuados. Estamos menos dependentes da rede”, afirmou.

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