“Dos 5,9 milhões de portugueses com doença reumática, um terço, apesar de ter sintomas, não sabe que tem uma doença reumática” afirma a SPR em comunicado, apontando para o problema do subdiagnóstico.

Segundo a organização, continua a existir em Portugal uma falha na referenciação dos doentes reumáticos e na cobertura de reumatologia no país. Em resultado, “as pessoas acabam por não consultar nenhum médico especialista, apesar de terem queixas comuns como dores nas articulações”.

A SPR acrescenta ainda que, muitas vezes, os doentes voltam para casa sem diagnóstico ou com o diagnóstico incorreto, um problema considerado grave, tendo em conta o caráter evolutivo das doenças reumáticas que devem, por isso, ser diagnosticadas o mais precocemente possível.

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“Não podemos fingir que tratamos a doença reumática se não atribuirmos especialistas em número suficiente para um tratamento adequado e por isso, tem que haver mais reumatologistas destacados a nível nacional tal como previsto na rede de referenciação hospitalar aprovada pelo Ministério de Saúde”, considera o presidente da SPR, José Canas da Silva.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, em Portugal há cerca de 5,9 milhões de pessoas com doença reumática, com perdas de produtividade estimadas em 204 milhões de euros por ano.

Há mais de uma centena de doenças reumáticas, entre as quais a atrite reumatoide, o lúpus eritematoso sistémico, a osteoartrose e as tendinites.

De acordo com a organização, os doentes reumáticos são os doentes crónicos que reportam a pior qualidade de vida e as doenças reumáticas são as que mais portugueses levam aos cuidados de saúde primários.