19 de setembro de 2014 - 14h20
Os deputados do Uganda receberam uma enxurrada de reclamações nos últimos meses, porque os preservativos vendidos neste país do continente africano são demasiado pequenos, o que se torna um obstáculo na luta contra a Sida.
O deputado Tom Aza, membro do Comité Parlamentar para o VIH/SIDA, insistiu esta sexta-feira que a venda de apenas um tamanho não é adequado para todos os ugandeses, já que uma recente viagem pelas zonas mais afetadas pelo vírus da Sida revelou que alguns homens "têm órgãos sexuais maiores e, portanto, devem receber e usar preservativos maiores".
"Quando há atividade sexual, naturalmente com a pressão [o preservativo] rebenta", declarou à NTV Uganda, escreve a agência France Presse.
"Alguns jovens queixam-se de que os preservativos que recebem nos hospitais e unidades de saúde são muito curtos, os seus órgãos não cabem lá dentro", lamentou ainda o deputado Merard Bitekyerezo.
Outra integrante deste comité de Saúde, Sarah Netalisile, afirma que o problema da falta de tamanhos maiores deste método de contraceção "expõe os homens e mulheres mais jovens ao VIH".
A NTV informou, entretanto, que os deputados concordaram que devem ser distribuídos preservativos mais robustos e maiores.
A epidemia do vírus da Sida aumentou no Uganda depois de anos de retrocesso, tendo provocado a morte de cerca de 80.000 pessoas no último ano.
Mais de 1,8 milhões de pessoas vivem atualmente no Uganda com o VIH. Por outro lado, um milhão de crianças estão órfãs depois dos pais terem sucumbido à doença.
Por SAPO Saúde/AFP