O acordo financiará o acesso de jovens investigadores brasileiros a laboratórios de cientistas que estão já na Europa com bolsas do CEI.

Os bolseiros principais brasileiros que estão já na Europa “têm bolsas entre os dois milhões e os três milhões e o que estamos a fazer aqui é abrir as portas para jovens investigadores que eles próprios podem ter no seu laboratório”, disse à Lusa o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas.

Por seu lado, o presidente do CONFAP, Sergio Luiz Gargioni, disse à Lusa que o objetivo do acordo é “a aproximação dos melhores pesquisadores nossos com os melhores pesquisadores europeus e que se dá através do trabalho conjunto”.

“Abrimos portas e damos oportunidades de participação naquilo que há melhor, como os projetos financiados pelo CEI. Temos muitos pesquisadores de talento no Brasil mas muitas vezes falta a oportunidade, falta um bom laboratório, falta uma boa orientação, falta um bom recurso financeiro… e isso consegue-se aqui na Europa”, referiu também.

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Os custos das deslocações de jovens investigadores brasileiros para a Europa, que não estão ainda estimados, serão suportados através do acordo entre o CEI e o CONFAP, adiantou.

“É uma ideia excelente para abrir o programa do Horizonte 2020 ao mundo”, acrescentou, por seu lado, Carlos Moedas, referindo que este é o oitavo acordo do género, tendo já sido celebrado com países como os Estados Unidos, o Japão e a China, entre outros.

Criado pela União Europeia em 2007, o CEI é o primeiro organismo de financiamento europeu de excelência em investigação de ponta e que todos os anos seleciona e financia os melhores e mais criativos investigadores, de todas as nacionalidade e idades, para dirigirem projetos de investigação, baseados na Europa e pelo período de cinco anos.

Contribui também para atrair para o espaço europeu os melhores investigadores de todo o mundo. Até à data, o CEI financiou cerca de 6.500 investigadores de alto nível, em várias fases da sua carreira. Em média, os bolseiros do CEI empregam, durante a execução do projeto, cerca de seis investigadores.