Onze produtos da multinacional norte-americana Monsanto constam da lista de OGM autorizados, precisou a Comissão Europeia em comunicado.

Outros oito são produtos da empresa norte-americana Dupont e dos grupos alemães Bayer e BASF.

Dezassete destes OGM destinam-se à alimentação animal e humana e dois são flores. As autorizações de importação e comercialização destes organismos "estavam suspensas" porque os Estados-membros não tinham chegado a um entendimento para constituir uma maioria a favor ou contra a sua comercialização.

A autorização agora concedida é imediata e válida por 10 anos.

A Comissão Europeia entregou quarta-feira aos Estados-membros o poder de decisão sobre a utilização em géneros alimentícios e alimentos para animais de organismos geneticamente modificados (OGM) autorizados pela União Europeia (UE).

A alteração ao processo decisório sobre OGM foi decidida na sequência de orientações políticas dadas pelo Parlamento Europeu (PE), entregando aos governos dos 28 o poder de decidir sobre a inclusão ou exclusão de OGM da cadeia alimentar.

Segundo Bruxelas, o atual sistema de autorização de OGM, baseado em dados científicos e as regras de rotulagem que asseguram a liberdade de escolha dos consumidores não serão alterados.

Se os governos europeus aprovarem a reforma apresentada na quarta-feira, poderão proibir a utilização no respetivo território destes organismos, caso contrário vigoram as autorizações existentes.

A organização ambientalista Greenpeace acusou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, de não ter intenção de aproximar a Europa dos cidadãos, como prometeu, e de agir a favor dos interesses dos Estados Unidos e da empresa Monsanto.

A proposta da 'Comissão Juncker' terá de ser aprovada pelo PE e pelo Conselho de Ministros da UE, em processo de co-legislação.