O presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) considera que as medidas da 'troika' não põem em causa o atual desenho do sistema de saúde e garante que o organismo trabalha para preservar a equidade no acesso dos cidadãos.

“Se por parte de uns ou de outros podia haver o receio que o modelo de saúde podia ser colocada em causa, ele não o foi. As medidas de eficiência seriam necessárias com ou sem memorando da 'troika'”, afirmou Jorge Simões à agência Lusa.

O responsável assegura que a ERS tentará acautelar a equidade no acesso aos cuidados de saúde, mas tendo sempre em consideração a necessidade de contribuir para a eficiência do sistema.

“É uma equação difícil, mas são pontos fundamentais: preservar a equidade, sem discriminação dos utentes, mas contribuindo para que o sistema de saúde possa existir num ambiente mais eficiente”, disse.

Para Jorge Simões, este é aliás um dos principais desafios da Entidade Reguladora, cujo papel vai ser discutido sexta-feira num fórum com o tema “O Percurso da Regulação Independente da Saúde”.

O presidente da ERS lembra ainda que os cidadãos que usam os cuidados de saúde têm informação relativamente baixa, ao contrário de consumidores de outros produtos e serviços na área económica.

Por isso, refere, torna-se fundamental o papel da ERS para “garantir a qualidade dos cuidados prestados” aos portugueses.

15 de setembro de 2011

Fonte: Lusa