15 de maio de 2013 - 14h39
Três em cada quatro hospitais públicos realizaram mais de 20% das suas consultas fora do tempo considerado adequado, segundo um relatório da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) a que a Lusa teve acesso.
Destas unidades com pior desempenho, três não chegam a realizar metade das consultas em tempo adequado: Centro Hospitalar do Baixo Vouga (48,9%), Hospital Espírito Santo de Évora (39,8%) e Hospital Fernando da Fonseca – Amadora (44,7%).
De acordo com esta avaliação realizada pelo Ministério da Saúde aos hospitais entre janeiro e dezembro de 2012, as unidades hospitalares com desempenhos perto dos 100% no que respeita às consultas em tempo útil são o Hospital Figueira da Foz (96,8%), Centro Hospitalar Cova da Beira (98,4%), Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro (80,1%), Centro Hospitalar Lisboa Central (92,6%) e IPO de Coimbra (99,7%).
Para esta avaliação, a ACSS dividiu os hospitais em cinco grupos, tendo como critério a similaridade das instituições. Em cada um dos grupos, a unidade hospitalar que teve melhor desempenho foi classificada com bola verde, para cada critério analisado.
No âmbito do critério “consultas realizadas em tempo adequado”, a grande maioria das instituições recebeu bola vermelha, o que significa que o seu desempenho diverge mais de 10% em relação ao melhor hospital do seu grupo.
A exceção é o grupo dos IPO, no qual a bola verde foi para o de Coimbra, mas Lisboa (94,6%) e Porto (98,4%) tiveram desempenhos que divergiram menos de 10% do mais bem classificado (bola amarela).
Relativamente às cirurgias realizadas em tempo adequado, o panorama de cumprimento é melhor do que nas consultas.
Cerca de metade diverge menos de 10% em relação ao melhor de cada grupo, sendo que mesmo os hospitais com bola vermelha se encontram quase todos acima dos 70% de operações cirúrgicas realizadas em tempo adequado.
Neste critério, os melhores de cada grupo foram Centro Hospitalar do Médio Ave (99,5%), Centro Hospitalar Tâmega e Sousa (99,4%), Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro (93,6%) Centro Hospitalar São João (97%) e IPO do Porto (82,1%).
Lusa