3 de junho de 2013 - 10h29
O ministério da saúde italiano registou este sábado o terceiro caso de vírus MERS-CoV. Similar ao Síndrome Respiratório Agudo Grave, esta forma de coronavírus identificada em 2012 no Médio Oriente está a preocupar a Organização Mundial de Saúde.
As vítimas tiveram contacto com um homem diagnosticado com a doença na semana passada, também em Itália, e que esteve na Jordânia.
O ministério disse ter sido informado por autoridades toscanas que as vítimas são uma "menina de dois anos, da família do homem doente, e um dos colegas de trabalho".
De acordo com as autoridades italianas, as vítimas "contraíram uma forma clínica da infeção respiratória que não parece grave até o momento" e estão em "observação".
O vírus é conhecido pela sigla MERS-CoV e provoca uma pneumonia atípica e complicações renais, que podem levar à morte. 
Desde Setembro de 2012, quando o vírus foi identificado na Arábia Saudita, foram contados 53 casos de infeção em vários países, que resultaram em 30 mortes, segundo um balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado este domingo.
O primeiro caso do coronavírus em Itália foi anunciado na sexta-feira pelo ministro, que ressaltou que o paciente, hospitalizado com febre alta, tosse e problemas respiratórios está "isolado".
Segundo a OMS, a primeira morte provocada pelo vírus foi em junho de 2012 em território saudita.
Outros casos foram registrados no Qatar, na Jordânia, Tunísia e Emirados Árabes. 
Fora do continente asiático, há registo de casos na Alemanha, Grã-Bretanha e França, onde um paciente morreu em maio.
Há dez anos a pandemia de SARS, vinda da China, foi responsável pela morte de mais de 800 pessoas e causou uma onda de pânico internacional.
O novo vírus está a preocupar a OMS sobretudo porque provoca uma rápida insuficiência renal.

SAPO Saúde com AFP