O Ministério da Saúde (MS) reúne-se hoje com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) para debater as dificuldades financeiras vividas pelas corporações de bombeiros devido à quebra de receitas no transporte de doentes não urgentes.

“O que nós pretendemos é que o Sr. ministro da Saúde nos responda a uma pergunta muito clara: o que é que o Ministério da Saúde quer dos bombeiros portugueses a propósito da prestação de serviço de transporte de doentes não urgentes às populações”, disse à agência Lusa o presidente cessante da LBP.

Duarte Caldeira adiantou que a reunião surge na sequência do pedido realizado pela LBP, há cerca de três meses, e tem como objetivo manifestar a “preocupação” dos bombeiros devido à “quebra abrupta” do número de serviços relativo a este transporte e a respetiva baixa das receitas.

“Vamos manifestar a nossa preocupação relativamente à situação vivida no domínio do transporte de doentes não urgentes e de um conjunto de fatores que tem levado a uma redução que, neste momento, ultrapassa os 30 por cento dos serviços prestados em média pelas associações e corpos de bombeiros do país”, sublinhou.

Segundo Duarte Caldeira, esta realidade resulta em duas situações concretas: “Uma significativa redução do acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde e, por outro lado, a redução de receitas proveniente desta atividade”.

A preocupação da LBP reside também no facto de “haver um número muito significativo de elementos de corpos de bombeiros que vive profissionalmente dessa atividade e de haver um conjunto de ambulâncias que começam a não ter serviço que justifique a sua própria existência”, acrescentou.

O novo presidente da LBP, que toma posse a 07 de janeiro, afirmou, por seu turno, que os bombeiros estão “cheios de expetativas de que é possível, com o Ministério da Saúde, encontrar soluções para muitas das dificuldades que vivem os portugueses”.

“As nossas propostas assentam essencialmente nas preocupações do dia a dia no que concerne às dificuldades que estão a ser criadas às populações e que se espelham nos corpos de bombeiros”, sustentou Jaime Soares.

“A nossa preocupação é sensibilizar, propor e definir uma estratégia para que possamos continuar a ajudar, como parceiros essenciais no sector da saúde, a resolver os problemas dos que todos os dias sofrem”, acrescentou.

23 de novembro de 2011

@Lusa