28 de maio de 2013 - 09h28
Portugal é um dos cinco países da Europa com mais trabalhadores do sexo infetados pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), responsável pela sida, apesar de ter das mais elevadas taxas de uso do preservativo, revela um estudo europeu.
Realizada pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças da União Europeia, a investigação divulgada na segunda-feira indica que, em Portugal, quase 9% dos trabalhadores do sexo estão infetados pelo VIH, ao passo que a prevalência do vírus no grupo de trabalhadores do sexo na Europa fica pouco acima de 1% em 22 dos 27 países considerados.
Com uma taxa de prevalência de 8,9%, Portugal fica apenas atrás da Letónia (com uma incidência de 22,2%) e da Ucrânia (9%), embora seja o país com uma alta percentagem de trabalhadores do sexo a usar preservativo: 96% no caso das mulheres, 87% no caso dos homens.
Dedicado à prevalência de VIH especificamente entre trabalhadores do sexo, o relatório indica também que Portugal está entre os países com maior percentagem de cobertura nos testes de despistagem: 72,8% nos homens e 69% nas mulheres, referem dados relativos a 2012.
De acordo com o relatório, a que a Lusa teve acesso, a cobertura dos programas nacionais do VIH situa-se nos 43% nos homens e nos 40% nas mulheres.
O estudo destaca que, nos países onde a prevalência do VIH é mais alta ou está a aumentar, a abrangência das intervenções de prevenção para os trabalhadores do sexo pode ser “inadequada”.
Explicando que os dados estão baseados em amostras, o relatório indica que, no caso português, os dados foram recolhidos no Porto, Lisboa, Coimbra e Faro.
Lusa