De acordo com o responsável das Termas da Felgueira, Adriano Ramos, esta estância termal do concelho de Nelas reabre no sábado depois de algumas obras de manutenção e conservação.

"Vai apresentar como grande novidade um programa de emagrecimento, que inclui plano alimentar e análises à intolerância alimentar. Pensamos que é uma aposta que faz todo o sentido numa altura em que as intolerâncias alimentares afetam cada vez mais os portugueses", alegou.

A par deste programa, a aposta recai também no termalismo pediátrico, onde se têm evidenciado nos últimos anos.

"Cerca de um quarto das crianças que fazem termas em Portugal fazem-no nas Caldas da Felgueira. Apostamos muito nesta área", apontou o responsável, que frisou ainda o reforço no apoio clínico, contanto com uma equipa de 16 médicos.

Sobre o ano de 2015, espera "continuar a crescer", depois de em 2014 ter registado um crescimento de cerca de oito por cento.

"Em 2014, tivemos cerca de 3.500 clientes, mais oito por cento que no ano anterior. Foi a primeira vez que registámos um crescimento nos últimos sete anos", informou.

As Termas do Carvalhal, no concelho de Castro Daire, reabrem no domingo com uma aposta vincada no campo do bem-estar.

Segundo a responsável, Mafalda Pais, todos os anos tentam inovar, indo mais além do termalismo clássico e apostando na prevenção, que se destina a um público mais jovem.

Crise também afetou setor 

Na sua opinião, a crise e o fim das comparticipações da Segurança Social afetaram o setor, registando-se um decréscimo de aquistas nos últimos anos.

"Esperamos que 2015 seja melhor. Estamos com algumas expectativas, pois já há alguns sinais positivos", considerou.

Já as Termas de S. Gemil, no concelho de Tondela, reabrem a 01 de abril, mantendo os mesmos tratamentos que em 2014.

"Os preços e os horários vão ser os mesmos, contando com sete médicos em alternância e um fisioterapeuta a tempo inteiro", informou a responsável, Isabel Loureiro.

Em 2015 esperam manter o número de clientes, que ronda os 700 em termalismo clássico.

"Nos últimos três anos apostamos na área do bem-estar, mas já constatamos que não é uma boa aposta, uma vez que este é um público que já tem outras exigências. Pretendemos manter os nossos clientes fiéis, com idades na casa dos 70 anos, que procuram os nossos serviços para manter alguma qualidade de vida", evidenciou.

No distrito de Viseu encontram-se ainda as Termas de S. Pedro do Sul, que se mantêm em funcionamento todo o ano.

O responsável Victor Leal explicou que em 2015 vão continuar a apostar na área da cura termal e procurar fortalecer a área do bem-estar termal.

"Mais do que tratamentos novos, iremos apostar na qualidade e retomaremos o tema da certificação termal e de qualidade segundo as normas internacionais. A grande novidade em relação às Termas de S. Pedro do Sul será a comercialização a nível nacional da nossa linha dermocosmética - Aqva", avançou.

Sobre 2014, sublinhou que serviu para "inverter o ciclo de decréscimo de termalistas", esperando que os valores de frequência sejam mais elevados em 2015.

"Temos também a expectativa de que o Governo comece a olhar o termalismo com outros olhos e que considere as termas e os seus empresários parceiros estratégicos na dinamização destes territórios, muitos deles de baixa densidade, e no desenvolvimento económico das suas regiões. Daí a necessidade da reposição das comparticipações do SNS para a prática termal, o aumento das comparticipações dos sub-sistemas e a aposta decisiva de um verdadeiro projeto de Termalismo Sénior por parte do INATEL", concluiu.