Cientistas da Universidade do Arizona descobriram que existem até 421 mil tipos de bactérias diferentes em 96% das solas dos sapatos e que, por isso, andar em casa com o calçado que usou na rua pode deixar toda a sua família vulnerável e exposta a bactérias potencialmente nocivas.

A maioria destas bactérias, se forem ingeridas, podem causar desconforto intestinal, vómitos e diarreia durante vários dias. "Isso significa que as bactérias nocivas também podem sobreviver nos sapatos durante dias ou semana, comenta Kelly Reynolds, microbiologista da Universidade do Arizona.

Por outro lado, cientistas da Universidade de Houston garantem que 26,4% das 2500 amostras de sapatos analisadas  naquela instituição de ensino transportam bactérias do tipo "Clostridium difficile". Estas, uma vez ingeridas, podem provocar colite pseudomembranosa, dores de estômago, diarreia, entre outros problemas gastrointestinais.

Outro estudo realizado na Áustria descobriu que pelo menos 40% dos sapatos contêm "Listeria monocytogenes", pequenos bacilos capazes de provocar doenças em seres humanos, como meningite, assim como E. coli, uma bactéria presente nas fezes de organismos de sangue quente. A maioria das estirpes de E. coli são inofensivas, mas alguns sorotipos podem causar graves intoxicações alimentares nos seres humanos.

Já uma investigação da Universidade de Baylor, nos Estados Unidos, mostrou que quem vive perto de estradas asfaltadas tem um maior risco de desenvolver cancro devido às toxinas presentes no alcatrão de hulha e que podem ser levadas pelos sapatos para dentro de casa.

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