Em comunicado, o Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica adiantam que são os únicos profissionais de saúde licenciados com carreira desatualizada há dezasseis anos, o que provoca “perdas salariais insustentáveis”.

A greve prevista para entre dias 3 e 7 de outubro poderá afetar áreas como as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia ou a cardiopneumologia.

Entre os motivos da greve, o Sindicato destaca o facto de 50% dos profissionais que representa estarem em regime de contrato individual de trabalho, sem qualquer carreira ou instrumento regulador do trabalho. Acresce ainda o que os sindicalistas dizem ser “a escandalosa situação” de os profissionais praticarem horários diferentes, de 35 e 40 horas semanais, sem diferenciação salarial.

Os sindicalistas têm sublinhado que a necessidade de revisão das carreiras dos profissionais de diagnóstico e terapêutica tem sido reconhecida pelos governos nos últimos 14 anos, sem que ainda se concretizasse a alteração pretendida. O processo negocial estava quase finalizado em 2015, quando foi interrompido pelas eleições legislativas. O atual Ministério da Saúde comprometeu-se, desde a primeira hora, a dar continuidade ao processo, segundo o Sindicato.

“Contudo, volvidos dez meses sem qualquer evolução do processo negocial, por ausência de participação do Ministério das Finanças, fomos informados que a revisão das carreiras não se realizará até 2018, por razões de ordem financeira, o que consideramos um argumento ridículo dado o pequeno número de profissionais a abranger”, referem os sindicalistas em comunicado.

Em causa estão cerca de 10 mil profissionais nos serviços públicos de saúde.