"Perante os recentes protestos de outros grupos profissionais, nomeadamente dos enfermeiros, o Governo apressou-se a apresentar propostas quantificadas financeiramente e no tempo, afirmando uma atitude discriminatória absolutamente deplorável", afirma indignado o presidente do Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), Almerindo Rego.

"Como primeiro ponto de discórdia está o facto do Ministério das Finanças, violando o acordo firmado com o STSS, em reunião de Conselho de Ministros, ter imposto uma redução de 50% dos lugares do topo da carreira, impedindo a natural expectativa de progressão profissional", lê-se na nota sindical.

"E, não fosse já bastante a violação do acordo, o Ministério das Finanças continua a impedir o prosseguimento das negociações das tabelas salariais e transições para a nova carreira, verificando-se um atraso de meses", acrescenta o sindicato em comunicado de imprensa.

"Para um enfermeiro especialista, o Governo veio anunciar, para já, um acréscimo de 150 euros, admitindo em 2018 que esses valores sejam ultrapassados, quando os enfermeiros especialistas de reabilitação detêm uma ínfima parte das competências e conhecimentos de um fisioterapeuta", lamenta ainda o sindicato.

"Estamos a assistir a um cavalgar das áreas de intervenção dos TSDTs por parte dos enfermeiros, escudados em pareceres do Conselho Jurisdicional da Ordem dos Enfermeiros, facto que nos interpela para o abuso de poder dominante dessa ordem profissional que não respeita nada nem ninguém", conclui o sindicato.

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