Em Portugal são diagnosticados, anualmente, cerca de 1500 novos casos de cancro oral. Estes tumores são mais frequentes nos homens com idade superior a 45 anos.

O cancro oral é o conjunto de tumores malignos que afeta qualquer tecido da cavidade oral (dos lábios à faringe, incluindo a gengiva, o palato ou as amígdalas), sendo a sua localização mais comum no pavimento da boca e na língua. "Estes carcinomas podem manifestar-se como uma mancha, geralmente branca ou avermelhada, uma massa endurecida ou uma ferida persistente que não cicatriza, sendo maioritariamente assintomáticos na fase inicial, tornando-se progressivamente dolorosos", alerta João Caramês, médico dentista e diretor do Instituto Implantologia.

"Outros sintomas incluem a dificuldade em engolir, alterações na sensibilidade e nódulos linfáticos aumentados no pescoço", acrescenta.

A adoção de um estilo de vida saudável, que permita a redução dos fatores de risco é o principal método de prevenção do cancro oral. O tabagismo e o consumo de álcool estão entre as principais causas do desenvolvimento do cancro oral. "O médico dentista, pelo contacto regular com os seus pacientes, encontra-se numa posição privilegiada para contribuir para a prevenção e diagnóstico precoce destes tumores malignos", adianta o também professor catedrático na Universidade de Lisboa.

A grande maioria dos casos de cancro oral pode ser diagnosticada numa fase muito precoce, melhorando significativamente o prognóstico da doença. Nos estádios mais avançados de cancro oral, as taxas de mortalidade ultrapassam os 60%, mas quando diagnosticado precocemente, a percentagem de sobrevivência ao fim de 5 anos pode atingir os 90%.

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