A decisão pretende combater a prevalência do consumo de tabaco na região, que é responsável por 150 mortes por hora, com um grave impacto social e económico em vários países.

A declaração foi assinada no decurso da 68.ª sessão do Comité Regional do Sudeste Asiático da Organização Mundial de Saúde (OMS), que decorre entre hoje e sexta-feira em Díli com delegações de 11 países: Bangladesh, Butão, Coreia do Norte, India, Indonésia, Maldivas, Myanmar, Nepal, Sri Lanka, Tailândia e Timor-Leste.

"O uso do tabaco no Sudeste da Ásia é alarmante, provocando grandes consequências”, defendeu Poonam Khetrapal Singh, diretora regional da OMS no Sudeste Asiático.

A mesma responsável disse serem “necessárias ações mais duras para o controle do tabagismo e prevenção. Os países devem igualmente tributar todos os produtos do tabaco, proibir propagandas de tabaco, impor advertências ilustradas nos maços de cigarros e implementar a proibição de fumar em locais públicos".

A Declaração de Díli "exorta os governos, agências das Nações Unidas e parceiros para acelerar o controlo do tabaco na região", que é responsável por quase metade do consumo de tabaco do mundo.

1,3 milhões mortes por ano

Dados da OMS indicam que o tabaco mata mais de 1,3 milhões de pessoas por ano na região, sendo que muitos não são fumadores mas ingerem fumo secundariamente.

"Em 2012 estima-se que 62% das mortes na região foram atribuídas a doenças não transmissíveis; das quais 48% ocorreram em pessoas com menos de 70 anos. Sabemos que o uso do tabaco é a principal causa de mortes evitáveis. Estas mortes prematuras não são apenas uma perda para as famílias, mas também têm um enorme impacto econômico no país", disse Khetrapal Singh.

"Precisamos de reforçar as políticas e medidas rigorosas para ajudar as pessoas a reduzir e, eventualmente, deixar o tabaco, para impedir que os jovens e as crianças usem o tabaco, e para proteger as pessoas de fumo secundário", sublinhou.