Edson Oliveira participou esta terça-feira (03/01) na cerimónia de boas-vindas aos médicos internos no Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), onde também realizou o seu internato, sendo atualmente especialista em neurocirurgia.

Sobre as opções dos jovens médicos por hospitais como os que compõem o CHLN (Santa Maria e Pulido Valente), Edson Oliveira disse que estes são seduzidos pelo “grau de diferenciação”. “O que o SNS consegue oferecer é essa multiplicidade de patologias a que conseguimos aceder que, do ponto de vista formativo, é o ideal para qualquer interno e jovem médico recém-especialista”.

Para Edson Oliveira, “o grande formador dos internos em Portugal continua a ser o SNS. Existe já alguma formação de internos ao nível de privados, mas do ponto de vista percentual é ainda residual”.

Presente na cerimónia, o ministro da Saúde – que há 40 anos entrava no Hospital de Santa Maria como médico interno – sublinhou as virtudes do SNS que fizeram com que seja hoje uma “referência internacional”. “Conseguimos ter uma formação profissional que hoje projeta Portugal como um dos países com melhor formação médica e de outros profissionais de saúde”, disse.

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Para o ministro, o SNS cativa os jovens médicos ao ser “a casa de todos os portugueses”. “O médico do SNS vê todo o tipo de doentes e doenças. Não excluí patologias”, adiantou.

Adalberto Campos Fernandes reconheceu, contudo, que as questões de trabalho e remuneratórias também contam na altura dos jovens médicos fazerem a sua opção pelo hospital onde vão trabalhar e disse que, por isso, é necessário existirem melhores unidades e hospitais mais bem equipados.

Anfitrião desta cerimónia, o presidente do conselho de administração do CHLN realçou a importância de acolher 239 internos, “o maior número de sempre desde a criação deste centro hospitalar, em 2009”. “Isto significa que nos preparámos nos últimos anos para receber este número”. Trata-se de “uma responsabilidade que foi planeada”.

Sobre a escolha destes jovens médicos, Carlos Martins recordou que o CHLN “é uma instituição que trata doentes com grande nível de complexidade” e que “responde ao país.

Trata-se de “um hospital fim de linha e universitário”, com um “elevado grau de exigência” e “uma forte aposta na formação e na investigação”, prosseguiu.

Segundo Carlos Martins, o desempenho económico e financeiro do CHLC foi, em 2016, o melhor desde a criação do centro.