É possível potenciar os benefícios da alimentação mesmo de férias?

Sim, de uma forma geral, se fizermos uma alimentação equilibrada, completa e variada conseguimos retirar o máximo de benefícios dos alimentos. No entanto, se soubermos dar ao nosso corpo o que ele precisa através dos alimentos certos e de alguns superalimentos conseguimos torná-la ainda mais funcional, mesmo de férias.

No meu livro procurei ter receitas fáceis de fazer com alimentos ricos sobretudo em potássio, fibras, proteínas, cálcio, ferro, tiamina, riboflavina, niacina, folato, zinco e vitaminas A, B6. B12, C, D, E e K. Estes poderão contribuir para a manutenção de um bom estado de saúde e ajudar a diminuir o risco de doenças cardiovasculares, doenças inflamatórias e cancro.

Porque é que é melhor preparar snacks em vez de consumir qualquer coisa na praia?

Seja na praia ou noutro local qualquer, quanto mais natural for a nossa alimentação, mais saudável será. Quando nos organizamos e preparamos os nossos snacks ou compramos os ingredientes certos temos sempre as opções mais adequadas à mão. Se não tivermos o cuidado de pensar no que vamos comer, aumentamos a probabilidade de cometermos erros alimentares ou de, ao irmos comer alguma coisa na praia, já termos tanta fome que acabamos por abusar nas quantidades e fazer escolhas menos equilibradas.

É importante escolhermos, dentro de cada grupo alimentar, diversos alimentos que acompanhem não só a sazonalidade mas também a variedade de espécies

Se pensarmos de antemão no que vamos escolher teremos sempre connosco as melhores opções para nos mantermos hidratados e evitarmos assim abusar do açúcar ou da gordura que tanto mal fazem.

O que é uma alimentação variada?

É uma alimentação que contempla alimentos de todos os grupos alimentares, de forma diária e equilibrada. Por exemplo, podemos consumir diariamente carne, cereais, fruta, legumes, azeite e feijão mas, se consumirmos sempre os mesmos tipos de cada um destes alimentos, não podemos dizer que a nossa alimentação é variada. É importante escolhermos, dentro de cada grupo alimentar, diversos alimentos que acompanhem não só a sazonalidade mas também a variedade de espécies. Ou seja, dentro da fruta devemos consumir morangos, maçãs, laranjas, bananas etc... O ideal será consumirmos sempre um prato colorido, apelativo e equilibrado.

É possível tê-la sem gastar muito dinheiro?

Sim, uma alimentação saudável não precisa de ser cara. O que acaba por ser um pouco mais caro são os produtos processados feitos a pensar numa redução de teor de açúcar ou gordura (ex: barras de cereais, bolachas, etc...). Se nos basearmos em fruta, vegetais, carne, peixe, ovos, leguminosas, cereais integrais, sementes e azeite, conseguimos ter uma alimentação equilibrada do ponto de vista da nutrição e do ponto de vista económico.

Veja ainda: 5 snacks para lhe abrir o apetite (sugestões de Mafalda Rodrigues de Almeida)

Os superalimentos existem mesmo?

Sim, apesar de não existir uma definição científica oficial do que constitui um superalimento, sabe-se que estes são alimentos que contêm níveis elevados de determinados nutrientes como vitaminas, minerais ou fitoquímicos e que se demonstram especialmente benéficos para a saúde.Contrariamente ao que muitas pessoas pensam, muitos deles são alimentos fáceis de encontrar e de cozinhar e com preços bastante acessíveis como espinafres, nozes, romã ou brócolos. No entanto, actualmente já encontramos vários superalimentos, sobretudo na sua forma desidratada, que têm origem em diversas partes do mundo, e que recentemente foram associados a benefícios para a saúde devido ao seu elevado teor de antioxidantes. Falamos, por exemplo, de clorela, camu camu, lucuma ou baobab.

Pode seguir a nutricionista Mafalda Rodrigues de Almeida em www.loveat.pt, no Instagram @mafaldaralmeida ou no Facebook