28 de fevereiro de 2014 - 17h31
O presidente do Serviço Regional de Saúde (SESARAM), Miguel Ferreira, assegurou hoje que as situações de rutura de material no hospital do Funchal estão ultrapassadas e que este dispõe do que é necessário ao seu normal funcionamento.
O responsável falava aos jornalistas no âmbito da visita às obras de redimensionamento e ampliação do hospital dr. Nélio Mendonça, no Funchal, rejeitando alguma vez ter afirmado que estava instalado o “caos” naquela unidade hospitalar da Madeira.
“Houve constrangimentos, mas a Secretaria Regional dos Assuntos Sociais agiu de imediato”, declarou Miguel Ferreira, explicando que na base do problema das ruturas esteve uma portaria do Governo central exigindo a redução de 15 por cento nos valores dos concursos para aquisição de material, situação que afugentou os fornecedores.
No próximo ano “não haverá esse problema e temos todo o material necessário”, garantiu o responsável, mencionando que uma outra portaria do executivo madeirense permitiu contornar o problema, determinando que, quando o primeiro concurso “fica vazio”, pode ser lançado um segundo excluindo aquela exigência.
Segundo Miguel Ferreira, foram estas contingências “dos atrasos nos concursos” que provocaram os problemas, mas a situação está ultrapassada e o hospital do Funchal “vai ter o que é necessário em quantidades adequadas”.
“Está tudo a decorrer. Está tudo a funcionar”, reforçou.
O responsável referiu que, por exemplo, o hospital tem neste momento “uma reserva de lençóis e está a decorrer um concurso de 150 mil euros que vai dobrar o ‘stock’”.
Miguel Ferreira realçou que existem alguns materiais clínicos que não se justifica ter grandes quantidades em armazém, existindo apenas para as situações de emergência, o que requer “uma boa gestão”.

O presidente do SESARAM frisou, ainda, que “todos os processos de concursos têm a maior taxa de vistos do Tribunal de Contas sem recomendação, todos os contratos são visados”.
Destacou que algumas medidas implementadas têm permitido arrecadar receitas, caso da realização de alguns elementos de diagnóstico, não sendo necessário recorrer a serviços exteriores.
Falando sobre o projeto de ampliação do hospital, estimado em 100 milhões de euros, mencionou que inclui a construção de três novas alas (duas reconstruções e uma raiz), que decorrem por fases, estando prevista a triplicação da área de consulta, modernas unidades de hemodiálise, de esterilização, cirurgia ambulatória, pediatria, medicina reprodutiva, zonas de estacionamento e manutenção da frota afeta ao hospital, um anfiteatro com capacidade para 300 lugares, o que permitirá a realização de congressos, e uma creche e infantário para os filhos dos funcionários.
Lusa