A diretora do Departamento de Bioquímica da Faculdade de Medicina do Porto (FMUP e promotora do evento, Raquel Soares, explicou hoje que a obesidade, a diabetes e a hipertensão arterial são alguns dos fatores que fazem da síndrome metabólica um “cocktail explosivo” em termos de saúde.

Segundo a organização do VI Simpósio em Metabolismo da FMUP, “a prevalência da Síndrome Metabólica tornou-se num problema de saúde pública que tem alarmado a comunidade científica. Associada aos hábitos de vida promovidos pelas sociedades modernas, sobretudo no que se refere ao sedentarismo e aos desequilíbrios alimentares, promove uma série de alterações metabólicas, como resistência à insulina, subida da pressão arterial e dos níveis de triglicerídeos, redução dos níveis do colesterol HDL e obesidade abdominal”.

De acordo com a mesma fonte, as principais vítimas são homens com mais de 40 anos. No entanto, as mulheres não estão livres da doença, principalmente as que entraram na menopausa e que sofrem, por isso, alterações hormonais significativas.

Para Raquel Soares, “a chave do sucesso para o combate à Síndrome Metabólica é o diagnóstico precoce e a sensibilização do paciente para a importância dos seus hábitos de vida no desenvolvimento da síndrome”.

“Só assim é possível reverter a instalação das alterações metabólicas cujo impacto pode ser devastador, provocando o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o enfarte, o acidente vascular cerebral (AVC) e a morte súbita”, acrescentou.

O debate vai reunir no Auditório do Centro Investigação Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Hercília Guimarães (neonatologista), Manuel Vaz Silva (cardiologista), Nuno Borges (nutricionista) e Davide Carvalho (endocrinologista).