25 de agosto de 2014 - 09h43
A dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Zuraima Prado disse hoje à Lusa que a adesão à greve dos enfermeiros ronda os 95% no Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, chegando aos 100% em algumas das unidades do Hospital do Barreiro.
“No Hospital do Montijo já temos todos os serviços aferidos e temos a [adesão à] greve a 95%. No Hospital do Barreiro, embora não estejam todos os serviços aferidos, [os serviços] que passámos, como as urgências, urologia e consultas externas estão com 100% de adesão à greve”, avançou a coordenadora da direção regional de Setúbal do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Zuraima Prado.
Os enfermeiros do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo iniciaram hoje, às 08:00, uma greve de 16 horas, para protestar contra a escassez dos profissionais da enfermagem e o consequente aumento de horas de trabalho.
A paralisação prolonga-se até às 24:00.
Para a responsável do sindicato, a adesão à greve está a ser boa, já que se trata de uma “questão transversal a todos os serviços” pelo que não eram esperados outros números.
A partir das 10 horas, os enfermeiros realizam uma concentração à porta do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo.
Este protesto dos enfermeiros, que reclamam do Governo a abertura de concurso para reforço dos profissionais de saúde no Serviço Nacional de Saúde, sucede aos ocorridos na semana passada, em Santarém e no Algarve.
Na sexta-feira, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, assumiu que o Governo pretende “encurtar o processo de contratualização [de profissionais de saúde], em termos burocráticos” no próximo Orçamento do Estado, referindo que este ano já recrutaram mais de 400 enfermeiros.
O ministro disse ainda que, em 2015, haverá novos concursos, que vão "dar emprego a todos os recém-licenciados em medicina, que se espera que sejam mais de 1700 médicos, que vêm para o Serviço Nacional de Saúde”.
Por Lusa