O controlo dos surtos de sarampo e a prevenção da ocorrência de novos casos deve ser uma prioridade na Europa, segundo um documento publicado para assinalar a Semana Europeia da Vacinação.

“Portugal é dos pouquíssimos países da Europa que até agora tem sido poupado a ter surtos e portanto isso para nós é muito importante. Dos 53 países da zona europeia, em 42 foram detetados surtos e casos autóctones”, assumiu Graça Freitas, sub-diretora geral da Saúde.

O principal objetivo da Semana Europeia da Vacinação deste ano, que decorre entre sábado e dia 27 de abril, é aumentar a adesão à vacinação, informa a Direção-Geral da Saúde (DGS) na sua página na Internet.

“Vacinar é a melhor forma de proteger contra doenças que neste momento não existem porque estamos todos vacinados. Porque se não estivéssemos vacinados as doenças existiam”, explicou Graça Freitas.

Segundo a responsável, nesta altura “há uma ideia de falsa segurança”, levando muitas pessoas a pensar que “já não vale a pena vacinar”.

Esta ideia, de acordo com Graça Freitas, é incorreta porque se a cadeia de vacinação foi interrompida vamos ter problemas muito sérios”.

“Se vier alguém com sarampo de um destes países [atingidos por surtos da doença] e chegar a Portugal e contactar com pessoas ou grupos que não estejam vacinados obviamente vamos dar origem a cadeias secundárias de transmissão”, explicou.

Segundo a página na Internet do organismo, a DGS associa-se pelo terceiro ano consecutivo à Semana Europeia da Vacinação, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para divulgar informação sobre os benefícios da vacinação.

A iniciativa pretende ainda demonstrar que “os profissionais de saúde que contactam com os utentes são fundamentais para a execução e o sucesso dos Programas Nacionais de Vacinação”.

De acordo com a página de Internet da DGS, a vacinação é considerada, entre todas as medidas de saúde pública, a que melhor relação custo-efetividade tem evidenciado.

Em Dezembro de 2011 as normas do PNV foram atualizadas de acordo com a evidência científica mais.

20 de abril de 2012

@Lusa