Duzentos profissionais, entre médicos e enfermeiros, são esperados a partir de sexta-feira no 1.º Congresso dos Serviços de Urgência dos Hospitais EPE, que se realiza no Funchal.

“A iniciativa pretende discutir temas inerentes ao funcionamento dos serviços de urgência, no sentido de partilhar experiências e, também, uniformizar respostas”, disse à agência Lusa o diretor do serviço de urgência do Hospital dr. Nélio Mendonça, no Funchal, Pedro Ramos.

No primeiro dia do congresso, que decorre nos Paços do Concelho do Funchal, a partir das 08:30, os profissionais de sete hospitais EPE do país vão debater temas relacionados com a organização dos serviços de urgência ou os sistemas de resposta rápida, caso das vias verdes da sépsis, coronária, acidente vascular cerebral e trauma.

A cerimónia de abertura está agendada para as 12:00, com a participação do presidente do Governo Regional da Madeira, do bastonário da Ordem dos Médicos, do secretário Regional dos Assuntos Sociais e de responsáveis dos serviços de saúde da região, entre outras entidades.

À tarde, os congressistas abordam as temáticas da insuficiência respiratória e do doente neurocrítico.

No sábado, estão previstas duas sessões para comunicações livres, uma para médicos outra para enfermeiros, adiantou Pedro Ramos, esclarecendo que vão ser apresentados 28 trabalhos, incluindo na forma de poster.

A organização do congresso, a cargo da urgência do Hospital dr. Nélio Mendonça, disponibiliza, ainda, um ecrã onde os participantes vão poder ver o trabalho realizado nos últimos três anos neste serviço.

Segue-se uma conferência sobre o risco clínico, a segurança e a qualidade no serviço de urgência, e, depois, em destaque vão estar as matérias do trauma e da catástrofe.

Colheitas de órgãos é a sessão posterior que conta com a participação de Maria João Aguiar, que foi até sexta-feira coordenadora nacional das Unidades de Colheita de Órgãos, Tecidos e Células para Transplantação, tendo apresentado a demissão na sequência das intenções do ministro da Saúde de cortar as verbas daquele organismo.

Nesta mesma sessão participa, também, o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva.

Uma conferência sobre a humanização dos serviços de urgência encerra o 1.º Congresso dos Serviços de Urgência dos Hospitais EPE, no qual, segundo Pedro Ramos, “os custos da saúde serão, naturalmente, chamados”.

“Devido à contração económica, temos de fazer mais com menos, temos de ser mais rigorosos e disciplinadores em termos de organização”, reconheceu Pedro Ramos, para quem se a “saúde for bem gerida, provavelmente não originará tanta despesa”.

08 de setembro de 2011

Fonte: Lusa