12 de novembro de 2013 - 07h15
O administrador do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN) acredita que a ausência do Hospital Santa Maria da lista de instituições que receberão ajuda para equilibrar a sua situação financeira é um “equívoco”.
O Ministério da Saúde anunciou recentemente que vai transformar as dívidas de 19 hospitais ao Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamento (FASP) do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em capital destas instituições.
O Hospital Santa Maria – que se encontra em falência técnica – não consta desta lista, o que para o seu administrador, Carlos Martins, é uma questão ainda por resolver.
“É uma que questão que está a ser dirimida”, disse, escusando-se a revelar mais dados.
Para Carlos Martins, ser devedor ou credor do FASP “depende da perspetiva”.
“Para alguns pode ser a perspetiva de que estamos em dívida. Eu posso ter a perspetiva que é o Fundo que está em dívida com Santa Maria”, disse.
O administrador revelou que está a ser recolhido um conjunto de dados para poder auferir a situação.
Sobre a situação financeira do CHLC, Carlos Martins disse que, até ao momento, a instituição recebeu 300 milhões de euros do contrato programa.
“Até hoje não recebemos um euro para além do que está estipulado no contrato programa com o Estado e a nossa capacidade de receitas próprias”, afirmou.
Em fevereiro, quando esta administração assumiu funções, o total de dívidas da instituição era de 300 milhões de euros.
“Eu ficaria muito satisfeito se conseguisse chegar ao fim do ano com uma dívida global da instituição próxima dos 200 milhões de euros”, declarou.

Lusa