Em comunicado, a empresa refere que os 50 ensaios clínicos decorrem em 30 hospitais, 143 centros de ensaio, envolvendo 400 doentes em tratamento e mais de 500 profissionais de saúde, em 16 áreas terapêuticas.

“Os ensaios clínicos representam apenas uma fase em todo o processo de criação de um medicamento, já que desde a fase da descoberta da molécula até ao dia em que um novo fármaco chega aos doentes passam-se, em média, 12 anos, que correspondem a sete milhões de horas de trabalho, 6.585 experiências e ao envolvimento de uma equipa de 423 investigadores”, lê-se no comunicado.

O anúncio do investimento de 20 milhões de euros em Portugal foi feito hoje, no dia em que a Roche realiza uma conferência que pretende “promover o debate e apontar novos caminhos para a investigação clínica desenvolvida em Portugal”.

A conferência sobre novos caminhos da investigação clínica em Portugal contará com a presença do secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, e da secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira.

O organismo que regula o setor do medicamento revelou à Lusa, em maio, que estão atualmente a decorrer em Portugal 353 ensaios clínicos.

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) adiantou que “a grande maioria destes ensaios clínicos decorrem em hospitais e centros de ensaios” e que “as principais áreas terapêuticas de investigação destes ensaios clínicos são a oncologia, doenças do sistema nervoso e doenças infeciosas”.

Dos ensaios clínicos a decorrer, quatro por cento estão na fase um (avaliam a segurança e a tolerabilidade do fármaco e normalmente são feitos em humanos saudáveis) e 20 por cento na fase dois (calculam a eficácia terapêutica de um novo medicamento em doentes com a doença em estudo).

A maior parte dos ensaios em curso (72 por cento) decorre na fase três (comparam a eficácia de um fármaco com outro ou com um placebo) e quatro por cento estão na fase quatro, na qual se avaliam os riscos e os benefícios de um medicamento durante mais tempo e em mais doentes.

Para estes ensaios está prevista a participação de 12 mil pessoas. No entanto, o Infarmed ressalva que “não dispõe da informação relativa ao número de participantes efetivos, notando-se que este não atinge, frequentemente, o valor máximo planeado”.