"Vamos ver este vírus tornar-se endémico no hemisfério", disse Thomas Frieden, responsável pelos CDC, na conferência CityLab 2016, em Miami, na Florida.

Thomas Frieden insistiu para que as autoridades locais invistam em planos de controlo da proliferação de mosquitos, educação e programas de saúde. "Investir em saúde pública dá resultados. Vai proteger a economia e os cidadãos, e vai reduzir os custos de cuidado com a saúde", acrescentou ainda.

O mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus Zika, está presente em vários Estados do sul, sudeste e noroeste dos Estados Unidos.

Thomas Frieden recordou que, apesar de se trabalhar contra o relógio no desenvolvimento de uma vacina contra o vírus, esta não é ainda uma opção a curto prazo.

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"Pode ser que em um ou dois anos tenhamos uma vacina ou que desenvolvamos uma nova tecnologia para controlar a proliferação de mosquitos", comentou o especialista.

Os CDC incluíram na semana passada uma nova região do sul de Miami-Dade, na Florida, entre os destinos de viagem que as mulheres grávidas devem evitar pelo risco de contágio.

Até agora, os CDC identificaram três áreas de contágio local ativo neste Estado, uma das quais é o bairro artístico de Wynwood, onde já foi realizada uma ação de desinfestação por terra e ar.

Como medida de precaução, as mulheres que tenham estado nesta região, assim como as que tiveram relações sexuais sem proteção depois de 1 de agosto com um parceiro ou parceira que possa ter estado na região, devem ser submetidas ao exame de deteção de Zika, defendem os CDC.