Esta iniciativa de Trump foi considerada “um passo atrás” na formação médica, no tratamento dos doentes e na investigação biomédica.

A posição conjunta foi assumida em artigo, divulgado no sítio da revista médica “New England Journal of Medicine” na internet, assinado por Katrina Armstrong, médica-chefe do Massachusetts General Hospital (MGH), em Boston.

No texto, Armstrong estimou que as consequências daquela ordem presidencial, muito controversa e bloqueada por vários juízes federais, “são extensas e prejudiciais para o sistema norte-americano de cuidados de saúde e a medicina interna”.

Armstrong e os seus colegas co-signatários citaram a importância da livre troca de ideias entre os clínicos e os cientistas no mundo. Salientaram que nos últimos 40 anos, “a investigação biomédica norte-americana beneficiou em muito das ideias, da criatividade, da engenhosidade dos diplomados em medicina e investigadores estrangeiros”.

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Sublinharam também as contribuições essenciais dos médicos e dos cientistas de origem estrangeira nos hospitais norte-americanos e nos centros hospitalares universitários, bem como em intervenções de socorro depois de desastres.

Na carta destacou-se ainda que os diplomados estrangeiros em medicina, que fazem o seu internato em hospitais dos EUA, vão com frequência exercer em regiões do país carentes de médicos, como zonas rurais e comunidades ameríndias ou ainda no sistema de saúde federal destinado aos antigos combatentes.

Além de Armstrong, os outros subscritores representam a Faculdade de Medicina Johns Hopkins, o Brigham and Women’s Hospital, a Faculdade de Medicina Perelman, da Universidade de Pensilvânia, da Universidade da Califórnia em San Francisco e do Beth Israel Deaconess Medical Center.