"Fraude? Mão entendo de que fraude estão a falar, nem quem foi prejudicado", declarou o homem de 76 anos, que compareceu em tribunal em Aix-en-Provence.

O presidente e fundador da Poly Implant Prothèse (PIP) foi condenado em 2013 a quatro anos de prisão, 75.000 euros de multa e a proibição definitiva de exercer qualquer tipo de atividade na área de saúde.

Enfrenta agora a acusação de fraude interposta pela empresa alemã de certificação TÜV que diz ter sido enganada pelos produtos PIP.

Os implantes mamários PIP foram preenchidos com um gel de silicone para reduzir custos, sem qualquer supervisão médica.

Entre 400.000 e 500.000 mulheres usavam implantes mamários PIP em todo o mundo.

As próteses foram fabricadas em França, mas 84% dos exemplares foram exportados, a maioria para a América Latina.

Na Argentina, cerca de 300 mulheres afetadas pedem 54 milhões de dólares de indemnização. No entanto, a apólice de seguro da PIP só cobre cidadãs francesas.