Adalberto Campos Fernandes divulgou este valor durante a discussão do Orçamento do Estado para 2016, que decorre no âmbito de uma reunião conjunta das Comissões Parlamentares da Saúde e do Orçamento na Assembleia da República.

Segundo o ministro, este regresso às 35 horas semanais – que deverá ser acompanhado pelo recurso a outros profissionais ou a horas extraordinárias – custará, no cenário mais favorável, 28 milhões de euros e 40 milhões de euros, num cenário mais desfavorável.

As contas de Adalberto Campos Fernandes referem-se a um semestre, uma vez que esta reposição das 35 horas só deverá entrar em vigor nos últimos seis meses do ano.

Horas extraordinárias dos profissionais de saúde

Sobre o valor a pagar por hora extraordinária aos profissionais de saúde, o qual baixou durante o programa de assistência, Adalberto Campos Fernandes defende que o anterior modelo estava errado, nomeadamente porque visava "compensar baixos salários com recurso excessivo ao trabalho extraordinário".

Para o ministro, as horas extraordinárias devem ser isso mesmo: extraordinárias. Nesse sentido, pretende que representem três a quatro por cento da despesa com recursos humanos e não os atuais 12 por cento.

Menos impostos, mais gastos com medicamentos e exames, como as colonoscopias, mais camas para cuidados continuados e a substituição de equipamento estiveram na origem da derrapagem orçamental da Saúde em 2015.