O serviço de Pediatria do Centro Hospitalar de São João, no Porto, dispõe desde hoje de uma unidade móvel de apoio domiciliário (UMAD) que irá acompanhar cerca de 70 crianças com doença aguda ou crónica da região Norte.

O projeto resulta de uma parceria com a Fundação do Gil e visa dar apoio domiciliário a nível clínico e social, com o objetivo de promover a reinserção das crianças com alta clínica nos seus ambientes familiares de origem.

A ambulância, assim como todo o equipamento médico que inclui no seu interior, foram doados por patrocinadores da Fundação do Gil.

Em declarações à Lusa, o diretor do serviço de Pediatria do Hospital de S. João, Caldas Afonso, explicou que “foi necessário estabelecer prioridades pelo que, numa primeira fase, foram identificadas cerca de 70 crianças, cuja vida depende de máquinas, nomeadamente para alimentação parentérica total e para apoio ventilatório a doentes com insuficiência respiratória crónica”.

Entre outras vantagens, este projeto tem “uma componente de humanização muito importante, porque permite tratar na proximidade, na envolvente, evitando que a criança tenha de se deslocar ao hospital”, sustentou Caldas Afonso.

“As famílias já foram identificadas, estamos agora a fazer o trabalho de programação, de forma que em janeiro de 2012 a unidade móvel possa iniciar as visitas”, acrescentou.

O projeto da Fundação do Gil nasceu da constatação de que existem dezenas de crianças internadas nos hospitais, em situação de doença aguda ou crónica, e porque existe o perigo real de não lhes serem prestados os cuidados básicos que necessitam em sua casa, afetando a sua saúde e recuperação.

Com este serviço de assistência pediátrica, fica garantido o envio, a partir do hospital, de uma carrinha equipada como um consultório médico de especialidade e com a equipa clínica mais adequada para dar resposta às necessidades das crianças nas respetivas casas.

Este projeto pretende também melhorar a qualidade de vida das crianças e das famílias, de modo a promover um ambiente seguro e baixar os custos de internamento.

28 de novembro de 2011

@Lusa