A análise foi feita com base nos dados recolhidos pelo primeiro estudo epidemiológico nacional - o EpiReumaPt -, que abrangeu mais de 10 mil inquiridos, e os principais resultados são divulgados esta quinta-feira no congresso que decorre em Vilamoura, no Algarve.

Nesta investigação foram analisados os portugueses entre os 50 e os 65 anos, que representavam quase 30% do total de 10,6 mil inquiridos no EpiReumaPt.

As mulheres são quem mais contribui para os 900 milhões de euros de custos indiretos com reformas antecipadas por doenças reumáticas, representando 84%, ou seja, 766 milhões de euros.

Tendo em conta estes valores, ‘per capita’, as mulheres representam um custo de 822 euros enquanto os homens representam 187 euros.

O estudo concluiu que a maior parte dos doentes (quase 40%) vive na região de Lisboa e Vale do Tejo, representando 356 milhões de euros de custos indiretos anuais em reformas antecipadas. Já a região do Algarve apresentou os níveis mais reduzidos, contribuindo com 15 milhões de euros.

A Sociedade Portuguesa de Reumatologia tem alertado para a carência da prestação de cuidados adequados a doentes reumáticos nalgumas áreas do país.

Aquela entidade defende que a abertura de quadros médicos de reumatologia em várias unidades de saúde poderá diminuir os custos das doenças reumáticas, que são uma das principais causas de absentismo laboral.