No topo das áreas que levaram os utentes a exercer o direito do livre acesso no Serviço Nacional de Saúde (SNS), criado em junho de 2016, estão a dermatologia, ortopedia, otorrino e oftalmologia. A notícia é avançada pelo jornal Público.

A percentagem de utentes a exercer o livre acesso, 10,7% dos que foram referenciados pelos médicos de família para uma consulta hospitalar, tem-se mantido constante desde que esta possibilidade foi criada, escreve o referido jornal.

Ricardo Mestre, vogal do conselho de administração da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), diz que o "valor não é muito diferente do que se regista noutros países", lembrando que a maioria das pessoas "cria uma relação com o seu hospital de proximidade".

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"A percepção que temos é que a questão do tempo de espera é um dos fatores que levam as pessoas a escolher uma unidade diferente", indica o responsável.

"Mas também o conhecimento que tem do hospital, o aconselhamento do médico de família e a proximidade familiar são fatores importantes", acrescenta.

Segundo o responsável, as unidades mais escolhidas "são os centros hospitalares do Porto [a que pertence o Hospital de Santo António], São João, Lisboa Norte [que inclui Santa Maria], Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Instituto Gama Pinto [especializado em oftalmologia]".

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