A Associação Portuguesa da Psoríase reivindicou hoje que a psoríase seja reconhecida como doença crónica e que os seus doentes adquiram estatuto semelhante às outras doenças já consideradas como tal.

Estima-se que a psoríase, cujo Dia Mundial se assinala no sábado, afete mais de 250 mil portugueses.

“Este ano, a propósito da comemoração do Dia Mundial da Psoríase, pretendemos sensibilizar e alertar as autoridades para a importância de atuar e tomar medidas concretas no que diz respeito a esta doença. Pretendemos colocar a psoríase na agenda política enquanto doença crónica tal como as outras” afirmou Vítor Baião, presidente da PSOPortugal.

Em causa está a problemática das isenções das taxas moderadoras para os doentes crónicos, uma vez que o atual ministro da Saúde, Paulo Macedo, declarou recentemente que passa a haver isenção, não pelo doente em si, mas por tudo o que é relacionado com a doença, ou seja, tudo o que são consultas e sessões de hospital de dia, atos complementares no decurso e no âmbito da doença.

Nesse sentido, “iremos desenvolver várias iniciativas, nomeadamente a realização de sessões de esclarecimento, de modo a mostrar à população como a doença pode atingir qualquer pessoa, em qualquer idade, mas que não é contagiosa, nem prejudica a atividade profissional”, sustentou Vítor Baião.

O tema escolhido para assinalar o Dia Mundial da Psoríase em 2011 é “Vamos falar de psoríase – e tomar medidas”.

A efeméride foi celebrada mundialmente, pela primeira vez, a 29 de outubro, de 2004, tendo sido instituído para mostrar à sociedade uma doença escondida.

A psoríase é uma doença autoimune, crónica, que se manifesta no maior órgão, a pele. É não contagiosa e pode surgir em qualquer idade. O seu aspeto, extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afetam sobretudo os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Desenvolve-se quando o sistema imunitário do corpo faz disparar o crescimento rápido das células cutâneas.

Cerca de 10 por cento dos doentes acabam por desenvolver artrite psoriática, que se traduz por dor e deformidade, por vezes bastante debilitante, das pequenas ou grandes articulações.

27 de outubro de 2011

Fonte: Lusa