A maioria dos doentes que sofrem de psoríase deixa-se afectar pela doença, alterando a forma como se relaciona com os outros e evitando situações de maior intimidade e/ou convívio social.

São estas as principais conclusões de um estudo divulgado ontem, em Lisboa, pela PSOPortugal – Associação Portuguesa da Psoríase, num evento que assinalou o 6.º aniversário da associação.

Cerca de 70 por cento, dos 405 doentes inquiridos, assumiu que a doença afecta negativamente a sua auto-estima. Para 45 por cento dos doentes a psoríase afecta também a imagem que os outros têm de si, o que, consequentemente, prejudica a forma como se relacionam com terceiros (58 por cento). Mais de um terço dos doentes (37 por cento) afirma que já evitou participar em ocasiões sociais devido à doença.

De acordo com Vitor Baião, presidente da PSOPortugal, a associação que defende e dá voz aos doentes de psoríase em Portugal, este estudo assume particular relevância pois, “permite, pela primeira vez, fazer uma caracterização sociodemográfica abrangente dos doentes de psoríase e medir o impacto psicológico da doença”.

E adianta: “Os resultados vêm confirmar a necessidade de continuarmos a sensibilizar a sociedade para o facto de a psoríase não ser contagiosa. Há ainda muitos doentes que são vítimas de discriminação nas relações profissionais e pessoais, e é imprescindível lutar contra o preconceito”.

Realizado pela primeira vez em Portugal, o estudo teve como objectivo medir o impacto social da psoríase. Estima-se que existam 250 mil portugueses a sofrer desta doença auto-imune, não contagiosa, e crónica, que pode surgir em qualquer idade.

02 de março de 2011

Fonte: LPM Comunicação